Secretário participa de Assembleia no Sindsul mas respostas não convencem; ações serão protocoladas no MP
Como anunciando pela diretoria do Sindicato dos Servidores Municipais do Cone Sul de Rondônia (Sindsul) foi realizada na noite de ontem, quinta-feira, 24 de agosto, uma Assembleia Extraordinária que contou com mais de 200 filiados e a presença de representantes da administração municipal.
O presidente do Sindsul, Wanderley Ricardo Campos, deu início à reunião falando sobre a última reunião que teve com a prefeita do município Rosani Donadon, na última segunda-feira, 21 de agosto, quando a mesma recuou na proposta de complementação salarial dos servidores que recebem menos que um salário mínimo, o que é contra a lei.
A proposta da administração, assinada em ata, aconteceu no último dia 06 de junho, após breve paralisação dos servidores, e dizia que; seria feita a correção salarial e esses valores seriam retroagidos ao mês de janeiro. Essa proposta foi mudada e isso gerou descontentamento dos servidores e do sindicato.
Na assembleia, esteve presente o secretário municipal de administração Miguel Câmara, que tentou explicar algumas irregularidades que existem, principalmente no Portal da Transparência da prefeitura municipal, onde é informado ao servidor um valor diferente de seu contra-cheque. “Eu não sabia disso. Se existe isso, é um erro”, tentou se explicar o mandatário.
O Portal da Transparência informa aos leitores valores corrigidos, o que não acontece na realidade. Isso é caraterizado crime.
Os servidores, assim como a diretoria do Sindicato, cobraram dos gestores explicações sobre a quantidade de cargos comissionados que existem na prefeitura de Vilhena. Hoje são mais de 486 portariados, o que gera um gasto mensal de quase R$ 900, 000, 00. Há cargos em que os valores chegam a R$ 7.900,00, enquanto servidores concursados recebem menos que um salário mínimo, e exercem a mesma função.
Os secretários não foram concretos em suas respostas e receberam vaias do público.
O advogado da prefeitura, Doutor Thiago, usou seu discurso para argumentar sobre uma possível lei, que diz ser arbitrário retroagir salários “Esse tipo de acordo só pode contar a partir da publicação”, disse ele, porém, o mesmo não apresentou tal lei e deixou os sindicalistas ainda mais decepcionados.
O que seria para agosto e com valores retroagidos, passará a valer apenas em setembro. Para isso, o advogado garantiu que irá protocolar nesta sexta-feira, 25, junto a Câmara Municipal, o documento que oficializa a correção salarial.
A reunião que já estendia por quase três horas, foi encerrada com os ânimos a flor da pele.
O presidente do Sindsul, convocou os sindicalistas a, munidos de cópias de seus holerites, protocolarem denúncias no Ministério Público, informando a disparidade nas informações. “Estou aqui para defender os servidores e não a administração. Vamos buscar nossos direitos onde quer que eles estejam”, disse o presidente.
Assessoria Sinsul