Gestão arbitrária: Servidores de escola municipal se solidarizam com funcionário posto à disposição “ou a servidora volta, ou saimos”

Um dos funcionários foi levado ao Hospital. Uma situação que vinha se arrastando a um bom tempo explodiu no início desta semana em uma Escola Municipal de Vilhena. A conjuntura de fatos relacionados à autoritarismo, falta de respeito e “mão de ferro”, por parte da Diretoria da instituição de ensino, gerou desconforto entre os funcionários (de professores a serviços gerais) e refletiu no bom andamento do ensino. Levando um servidor ao Hospital Regional para ser medicado. O ápice da gestão desastrosa da Diretoria, ocorreu nesta manhã quando foi colocado um dos servidores à disposição do município, depois de reuniões conciliativas, na busca da melhoria do relacionamento. Ocorre que após registrado tais fatos a Diretoria simplesmente e autoritariamente renovou sua arbitrariedade, até alegando “cumprir ordens superiores”. Com isso, por estarem sofrendo coletivamente, a grande maioria e em plena união, os funcionários da Escola se reuniram e decidiram também ‘se colocar à disposição da administração’. Tal decisão vai de encontro a solidariedade ao servidor afastado de seu cargo, caso o mesmo não retorne, ou que sejam tomadas decisões ou sinais contrários aos atos arbitrários e posicionamentos da Diretoria escolar. Um grupo de servidores esteve no Sindicato dos Servidores Municipais do Cone Sul de Rondônia (Sindsul) na manhã desta quinta-feira, 29 e o sindicato tem tomado providências sobre o caso. Fica aqui registrado que todos os servidores envolvidos preferiram inicialmente não ser identificados para que não sofram mais perseguições por parte de futuras administrações. A CELEUMA Os funcionários contaram que desde que assumiram aos cargos de Diretoria desta escola (vale lembrar que o cargo é por indicação), os mandatários trouxeram consigo arrogância e conduzem a direção com austeridade. “Eles decidem tudo por si só e nós temos que simplesmente acatar. Na primeira reunião, aquela do início do ano letivo eles já foram severos”, contou um dos servidores. Depois de muito sofrerem com a “mão de ferro”, e passar por situações como: assinar ata de reunião sem poder ler o assunto, “Eu pedi para ler a ATA e eles disseram. – ASSINA! Em um tom bem agressivo”, os servidores decidiram convocar uma reunião com a Diretoria nas dependências da escola e assim, convocaram a presidência do Sindsul para participarem e tomar pé da situação. Prontamente o pedido foi atendido. Ao avistar os sindicalistas a diretoria pediu que a reunião deveria ser feita nas dependências do sindicato. -Nós convocamos o Sindicato por que, para falar a verdade, estamos amedrontados com o que está acontecendo. Depois desse episódio, foi realizada uma nova reunião entre as partes, dessa vez na sede do Sindicato. Solicitada, a Diretoria esteve presente na reunião. “Foi uma lavação de roupa suja. Falamos tudo que nos incomodava. Houve até choro de muitas colegas”, contaram. Com os ânimos estabelecidos, os funcionários e a Diretoria da escola decidiram “colocar uma pedra sobre o assunto e voltar ao local de trabalho com tudo resolvido”. Entretanto, dois dias após a reunião no sindicato, nada daquilo ocorreu, pois um servidor foi posto a disposição e outro foi hospitalizado com crise de choro e pressão alta devido a continuidade das atitudes da Diretoria escolar. O sindicato afirma que todas as medidas administrativas e judiciais estão sendo tomadas. E lança um apelo a todos os servidores: “se estiverem sofrendo pelo mesmo problema se unam e convoquem o sindicato, não podemos abaixar a cabeça diante de situações como esta. Somos mais e somos fortes a partir do momento que nos unimos e dizemos NÃO”, destacou o presidente. Texto e foto: assessoria