Desvalorizados pela administração municipal, professores se negam a fazer hora extra

Após encerrar a greve dos servidores do Magistério que durou onze dias e teve grande adesão o Sindsul – Sindicato dos Servidores Municipais do Cone Sul de Rondônia – passou a orientar, como forma de protesto, seus filiados a não fazerem hora extra, prática comum na administração. Os servidores, que tentaram diálogo com o executivo, cobram o reajuste anual amparado por Lei Federal no valor de 14,95%. O direito legal de greve foi impedido após liminar judicial e com isso os servidores voltaram aos seus postos de trabalho. Muitos desses funcionários que foram ‘desvalorizados’ pela administração local compensam a não contratação por parte da prefeitura de novos concursados realizando horas extras. Wanderley Ricardo, presidente do Sindsul parabenizou aos servidores que já se dispuseram a não trabalharem além do seu horário e afirma, “Quem sabe com os servidores não ‘se matando’ pelo município a administração entenda seu valor. É bom que as pessoas e administradores saibam que esses mesmos servidores que estavam em greve, estão há anos fazendo horas extras e recebendo apenas 50% do valor\hora. É uma ótima campanha e estamos totalmente de acordo. Pedimos que os servidores realmente não se dispunham a trabalhar fora do horário”, disparou Wanderley. A ideia de não darem continuidade na prática partiu dos próprios servidores e foi acatada pelo Sindsul. A entidade lançou na data de ontem, quinta-feira, 24 de agosto, a campanha – Hora Extra Zero – e passou a orientar seus filiados nesse sentido. Abaixo, a nota expedida pelo Sindsul aos seus filiados: CAMPANHA HORA EXTRA ZERO EDUCADORES FAZEM A EDUCAÇÃO E NOSSA FORÇA NÃO ESTÁ LIMITADA AO MOVIMENTO GREVISTA! Olá, servidores, a luta pela manutenção dos direitos é contínua e agora, mais do que nunca, precisamos unir forças. Ontem, dia 23 de agosto, fomos OBRIGADOS a encerrar o maior movimento grevista que esse município já viu. Tivemos a adesão de mais de 50% (cinquenta por cento) dos profissionais do magistério, que permaneceram firmes durante os onze dias que a greve durou. Infelizmente não houve negociação com o Executivo, que utilizou dos meios de comunicação para descredibilizar os educadores, que há anos trabalham dobrado para que as turmas não fiquem descobertas. Além de ignorar a causa e tentar retirar o direito constitucional de greve, Flori fala sobre “salários altos dos professores” para desmerecer nosso valor e justificar o não o cumprimento da lei que reajusta o salário. Flori também não demonstra vontade de resolver a situação, uma vez que não considera válida nossa Carreira. Estamos encerrando o mês de agosto e em poucos meses teremos novo reajuste anunciado e ainda não tivemos o Piso de 2023 aplicado. Como asseguramos nas assembleias, faremos nosso papel jurídico na busca pela aplicação, mas sabemos que dessa forma podemos ter prazos extensos que podem durar anos. A greve acabou, mas o protesto não! Dessa forma, mesmo os servidores que não aderiram à greve, podem agora contribuir de maneira eficaz, deixando de fazer hora extra ATÉ QUE O PREFEITO ATENDA NOSSO PEDIDO E RECONHEÇA NOSSO VALOR! Pedimos assim, que contribuam com a campanha HORA EXTRA ZERO até que o prefeito pague NOSSO REAJUSTE ANUAL COM OS REFLEXOS NA CARREIRA E VALORES RETROATIVOS AO MÊS DE JANEIRO, CONFORME PREVISÃO LEGAL. LEMBREM-SE QUE FOMOS OBRIGADOS A ABRIR MÃO DO DIREITO DE GREVE, O QUE MAIS PODERÃO NOS OBRIGAR? A hora de lutar é agora! União, educação! Vamos juntos! NOSSO PISO ou HORA EXTRA ZERO! Texto e foto: assessoria

Fim da greve: Sindsul recebe notificação judicial e encerra paralisação, “mas a luta continua”

Após receber a notificação da liminar judicial que obriga os educadores a retornarem às aulas, a diretoria do Sindsul convocou imediatamente os servidores do magistério para uma assembleia, no início da noite desta quarta-feira, 23, onde foi acatada a decisão da liminar judicial que leva os profissionais da educação de volta aos seus postos de trabalho. A assembleia, convocada com apenas duas horas de antecedência, contou com mais de cem educadores. O documento dava margem para que 20% dos grevistas continuassem o movimento, porém, em votação na assembleia ficou decidido que todos retornaram aos seus postos de trabalho. O saldo da greve é o pedido protocolado hoje pela manhã na Câmara de Vereadores, que solicita a abertura de CPI, para que se investigue os gastos da pasta da Educação. Abaixo, um texto que parabeniza aos servidores que participaram da greve e exalta o movimento, assim como a hombridade por parte da Entidade Classista em respeitar as leis. RESUMO DA ASSEMBLEIA DO DIA 23 QUE OCORREU EM CARÁTER DE URGÊNCIA, COM PRIMEIRA CHAMADA ÀS 19HOOMIN. A assembleia, convocada com apenas duas horas de antecedência, contou com mais de CEM EDUCADORES. Com onze dias de greve, após um movimento gigante que contou com a participação da comunidade, encerramos o movimento grevista dos profissionais do magistério do município de Vilhena. O desfecho da greve foi adiantado devido LIMINAR conseguida pelo município, que obriga os educadores a retornar às aulas partindo do princípio da essencialidade da educação. O SINDSUL sempre respeitou as leis e jamais entraria ou permaneceria em um movimento que pudesse prejudica-los. É por acreditar no cumprimento das leis e na legitimidade do piso que entramos em greve, e é com a certeza de dever cumprido que encerramos o movimento por força judicial. Amanhã os serviços escolares retornarão normalmente. Agradecemos a cada servidor que participou e que contribuiu, mesmo que indiretamente. Agradecemos a cada cidadão que apoiou e compreende a necessidade da valorização salarial dos profissionais da educação. Sobre a liminar: estamos juntando documentação necessária para revogação. Lamentamos o descaso do prefeito com os trabalhadores, e lamentamos ainda mais a tentativa de tornar um movimento previsto na Constituição Federal inconstitucional. Desejamos que haja um desfecho satisfatório, acreditando que o chefe do poder executivo vai reconsiderar seus atos e perceber que tem sido injusto com os servidores. Obrigada mais uma vez. Sintam-se abraçados. A greve acabou, mas A LUTA CONTINUA!  

Sindsul e grevistas protocolam na Câmara pedido de abertura de CPI

O décimo primeiro dia de greve dos servidores municipais ligados à educação (magistério) teve como ponto alto o registro por parte do Sindsul – Sindicato dos Servidores Municipais do Cone Sul de Rondônia – do pedido de abertura de CPI para que os vereadores investiguem a aplicação de recursos que chegam até a pasta da educação. O pedido foi recebido pelo presidente da Casa de Leis vilhenense, Samir Ali, que aproveitou o ensejo e declarou estar “do lado da Educação para o que der e vier”. Ronildo Macedo, outro vereador presente na entrega dos documentos, também declarou ser a favor da abertura de CPI. Além do ofício protocolado na Câmara a diretoria do Sindsul entregou aos vereadores um abaixo-assinado que contêm mais de 800 assinaturas de munícipes declarando apoiar a investigação. Wanderley Ricardo, presidente do Sindsul, explicou que o pedido protocolado hoje na Câmara, nada tem a ver com petição para cassar o mandato de Flori. “A intenção do Sindsul é e sempre será defender os direitos dos servidores. Cassação de mandato não compete a nós. Nosso pedido junto aos vereadores é que se investigue como tem sido aplicado o dinheiro da educação. Simples assim”, falou o presidente. Mesmo sendo contraditório, acreditar que um fiscal do povo (vereador) vote contra o pedido de fiscalização do dinheiro público, o Sindsul convocou os servidores grevistas para estarem na próxima segunda-feira, 28 de agosto, na sessão extraordinária, agendada para as 09h00, afim de “observar”  voto dos vereadores em solenidade já confirmada pelo presidente da Casa, Samir Ali. Após o pedido protocolado, manifestantes ainda foram até o paço municipal, registraram o momento e retornaram ao Sindsul. Em tese, a greve continua até que seja de fato votada a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Texto e fotos: assessoria  

Representantes da CUT participam de décimo dia de greve do Magistério em Vilhena

No décimo dia de paralisação por parte dos servidores da educação – Magistério – em Vilhena, o grupo de grevistas se reuniu com representantes da CUT – Central Única dos Trabalhadores na sede do Sindsul – Sindicato dos Servidores Municipais do Cone Sul de Rondônia. Além disso, duas reuniões aconteceram na manhã desta terça-feira, 22 de agosto. Primeiro foi a vez da diretoria da Entidade Classista (Sindsul) se reunir com Flori Cordeiro nas dependências da Semed. O secretário de educação, Flávio de Jesus, cumprindo agenda em Porto Velho, não participou da reunião. O encontro teve caráter extrajudicial, já que o documento apresentado por parte da prefeitura não é de conhecimento do Sindsul. De toda forma, a sugestão trazida pelo gestor é de que os professores (80% dos servidores) que estão em greve retornem aos seus postos de trabalho. Os 20% restantes, orientadores e supervisores permaneceriam em greve. Assim, pela proposta trazida ao sindicato, as aulas retornariam, porém, sem orientação e supervisão nas escolas. O Sindicato recepcionou a proposta, mas informou ao prefeito de que as decisões sobre qualquer modificação ou encerramento abrupta da greve serão feitas após notificações judiciais. Oque ainda não aconteceu. “Sendo assim, a greve continua da mesma maneira, amanhã quarta-feira. Só arredaremos o pé depois de sermos notificados”, disse o presidente do Sindsul, Wanderley Ricardo. A outra reunião que aconteceu nesta manhã foi entre prefeito, diretoria do Sindsul e representantes da CUT. Raimundo Nonato, secretário geral da Entidade, veio de Porto Velho para tentar colher uma proposta aceitável para aos profissionais do magistério que esperam pela aplicação do Piso Salarial da categoria (reajuste de 14,95%). Raimundo chegou a questionar sobre a possibilidade de um pagamento parcelado por parte da prefeitura. Flori, ora diz que o município não tem o dinheiro para aplicação do Piso, ora diz que já fez o pagamento, quando menciona a complementação salarial que aplicou. Por fim, sem solução no impasse, o representante da CUT, garante que fará os encaminhamentos de pedidos para a aplicação do piso ao gabinete e diz que irá continuar acompanhando de perto o desfecho da greve. Texto e foto: assessoria

Nono dia de greve teve assinaturas para abaixo-assinado que pede abertura de CPI

Ainda em continuidade e chegando ao seu nono dia, a greve dos profissionais do Magistério em Vilhena, deflagrada após o não cumprimento por parte da administração local em aplicar o Piso Salarial da categoria, que por lei tem direito ao reajuste de 14,95% em seu salário base, teve movimentação na data de hoje, segunda-feira, 21 de agosto, apenas na sede do Sindsul. Os grevistas fizeram as primeiras assinaturas de um abaixo assinado, que pede a abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que visa investigação no pagamento de complementação salarial feita pela prefeitura e a não aplicação do Piso. Diversas listas foram entregues aos grevistas. Eles foram encarregados de colherem assinaturas entre a população. Além disso, interessados em apoiar o movimento podem se dirigir até a sede do Sindsul e assinar o documento que será entregue aos vereadores. Durante a última semana os canais de comunicação do Sindsul receberam mais de 400 vídeos de pais declarando apoio ao movimento. Essa foi uma campanha feita pela diretoria e mostrou a força da paralisação. Amanhã, 22 de agosto, os servidores prejudicados com o descumprimento da lei, se reúnem novamente na sede do Sindsul, às 07h30. Texto e foto: assessoria

Coletiva reúne profissionais da imprensa em 8º dia de greve do Magistério

Ultrapassando uma semana e chegando ao seu oitavo dia, a greve dos profissionais em educação – Magistério –  de Vilhena que cobram a aplicação do Piso Nacional da categoria no valor de 14,95% esteve concentrada na manhã desta sexta-feira, 18 de agosto na sede do Sindsul – Sindicato dos Servidores Municipais do Cone Sul – onde ocorreu uma Coletiva de imprensa. Alguns vereadores também se fizeram presentes e foram sabatinados pelos grevistas. A coletiva serviu para que fosse feito um balanço da primeira semana de greve. A explanação contou com a participação de vários veículos de comunicação. O presidente do sindicato, Wanderley Ricardo Campos Torres, comandou a ação. Aos jornalistas o presidente fez uma avaliação do movimento, considerando que a adesão e participação dos servidores está dentro do esperado, e deixou evidenciado que, neste momento, a manutenção do protesto é o desejo dos funcionários públicos. Ele também voltou a explicar a motivação da greve, e reforçou os argumentos acerca da forma com que os profissionais de nível superior devem ser contemplados pela lei do Piso Nacional, sendo que a administração também deve respeitar o estabelecido pelo PCCR das categorias que participam do movimento. Wanderley também abordou a perspectiva de apresentação de CPI para analisar a situação financeira do Município, deixando evidente que o funcionalismo é favorável a medida. Após a fala do presidente com os profissionais de imprensa os vereadores que quiseram fazer uso da palavra tiveram acesso aos microfones, e acabaram sendo questionados por servidores, mas de um modo geral não houve divergências de monta, e os parlamentares presentes evidenciaram seu apoio aos educadores. Além da coletiva, o oitavo dia de greve teve pelas ruas da cidade um carro de som explicando à população (com mensagem gravada) motivos da paralisação. Desta forma, ficou então nítido, que a greve vai continuar, inclusive com votação maciça dos presentes pela extensão dos dias de paralisação. A expectativa é que a partir da próxima segunda-feira, dia 21, a questão do pedido de abertura de CPI, por enquanto sendo tratada como possibilidade, tenha desdobramentos.  

Prestes a completar uma semana, greve do magistério teve movimentação na praça nesta quarta

Chegando ao seu sexto dia, a greve dos profissionais da educação – Magistério – se estendeu até a praça Nossa Senhora Aparecida na manhã desta quarta-feira, 16 de agosto. O grupo cobra a aplicação do reajuste de 14,95% no Piso categoria. Entre eles estão, professores, diretores e orientadores. Além de entrevistas para redes de televisões locais, o grupo usou o local para traçar estratégias para os próximos passos da greve. Além da diretoria, alguns dos professores\grevistas puderam ser ouvidos pelos jornalistas que ali estavam. As propostas e ideias dos grevistas que foram levadas à diretoria do Sindsul – Sindicato dos Servidores Municipais do Cone Sul de Rondônia- durante a manifestação de hoje, serão explanadas e apresentadas a todos amanhã, quinta-feira, 17, quando o grupo volta a se reunir na sede da Entidade Classista, por volta das 07h30. A greve que completará uma semana nesta quinta, é motivada por que o administrador local pagou o piso (complementação) apenas para alguns servidores (218), deixando de fora mais de 400 profissionais. E mesmo esses que receberam, não tiveram o direito ao pagamento retroativo, que também é previsto em lei. Texto e fotos: assessoria Sindsul  

5º dia de greve; presidente do Sindsul e pai de aluno falaram na sessão da Câmara

Alcançando seu quinto dia a greve dos profissionais do magistério em Vilhena foi marcada no dia de hoje, terça-feira, 15 de agosto, pelos discursos de apoio do Legislativo na sessão da Câmara de Vereadores. Além da maioria dos Edis que usaram a tribuna para se posicionarem a favor dos grevistas na luta pela implantação do direito previsto em lei, fizeram uso da palavra o presidente do Sindsul, Wanderley Ricardo Campos e o pai de dois alunos da escola Cleonice Batista, o senhor Diogo Nunes. Como de praxe, o grupo se reuniu no início da manhã na sede do Sindicato dos servidores Municipais do Cone Sul e de lá seguiu para o plenário da Câmara de Vereadores onde ocupou todos os lugares disponíveis. A greve segue com forte adesão por parte dos profissionais da educação. Entre os discursos dessa manhã, destaque para três deles. Ao usar a palavra, o vereador Dhonatan Pagani disse que “tentará um último diálogo com o prefeito Flori, ou passará a usar seu direito de fazê-lo a aplicar as leis”. Além disso, Pagani que esteve ao lado de Flori na Campanha, disse; “Eu ajudei a eleger, tenho o direito de ajuda-lo a governar”, argumentou o vereador. Já Ronildo Macedo, outro apoiador da greve, garantiu que a possível abertura de uma CPI para que seja feito um pente fino nas contas da pasta da educação propôs em seu discurso “travar as pautas do Executivo, caso esse impasse continue”. Macedo também afirma que, caso a CPI seja instaurada e “tiver que cassar, vamos cassar o mandato dele”, disparou. Por fim, o presidente da Casa de Leis, Samir Ali, sempre solícito aos servidores, disse argumentou que “o diálogo com Flori tem sido difícil e, caso ele continue a desrespeitar os funcionários públicos no município, é bom que não converse mais comigo mesmo”, falou Samir. Breve em seu discurso, Wanderley Ricardo, presidente do Sindsul, apenas parabenizou os servidores que “não arredaram o pé da greve e que têm mostrado o verdadeiro significado de união. Continuem, continuem firmes. Iremos até o fim. Obrigado também aos vereadores pelo apoio e esperamos boas notícias dos senhores nos próximos dias”, disse Wanderley. Diogo Nunes, pai de dois alunos na Escola Cleonice Batista, também foi convidado a usar a tribuna e fez um desabafo. Além de falar sobre as péssimas condições que uma reforma que já dura mais de 60 dias, e que inclusive atrasou o retorno das aulas (pós recesso), ele clamou aos pais que têm seus filhos naquela instituição. “Por favor, façam uma visita ao local e vejam as péssimas condições que está aquele lugar. É assim que o prefeito quer que tenha aula ali? Flori, sente com os professores e resolva essa situação. Queremos que eles voltem a trabalhar, mas também queremos que eles tenham salário e condições dignas”, encerrou Nunes. (Vale lembrar que algumas turmas estão tendo aula na Escola Cleonice) Uma reunião entre vereadores e administração local deve acontecer entre esta terça e quarta-feira. O Sindsul, assim como os grevistas aguardam o resultado. De toda forma, o cronograma da greve dos servidores do magistério tem agendado para amanhã, quarta-feira, 16, uma movimentação na Praça Nossa Senhora Aparecida, às 09h00.       Texto e foto: assessoria Sindsul

Quarto dia de greve do magistério é marcado por cobrança de cumprimento de lei municipal na Câmara de Vereadores

Em greve desde o último dia 09 de agosto, profissionais do magistério em Vilhena que cobram a aplicação do Piso Nacional da categoria (14,95%) foram na manhã desta segunda-feira, 14, até a Câmara de Vereadores e, em uma espécie de Audiência, cobraram dos legisladores o cumprimento de uma lei municipal que eles mesmo aprovaram no ano passado. A lei Nº 5.791 de 14 de junho, de 2022, que instituiu o Plano de Carreira, Cargos e Remuneração – PCCR – dos profissionais da educação básica em Vilhena, diz no Art. 73-A que “O valor da referência salarial inicial dos profissionais do magistério da classe E do Anexo II desta Lei será determinado anualmente a partir do piso salarial profissional nacional estabelecido pela Lei Federal nº 11.738, de 16 de julho de 2008, sendo este valor proporcional conforme a carga horária da jornada de trabalho”, ou seja, além da Lei Federal, a administração descumpre uma Lei municipal que rege a categoria. Com isso, os grevistas foram até a Câmara para ouvir dos vereadores quais medidas eles têm tomado para que a lei seja cumprida no munícipio. Entre os discursos, o presidente da Casa, Samir Ali, disse que não descarta a possibilidade de abertura de uma CPI para apuração. “Pelas falas dos nobres colegas, vê-se que há maioria para a abertura de uma investigação mais afundo. Deixar claro que a intenção não é nem de perto cassar o mandato do prefeito, e sim, apurar se há condições financeiras de aplicar o Piso. Se isso for necessário, assim faremos”, disse Samir. De toda forma, ainda não ficou definido que haverá a abertura da CPI. Os manifestantes irão aguardar (ainda em greve) uma nova tentativa de diálogo, dessa vez entre vereadores e prefeito, que deverá ocorrer ainda esta semana. Amanhã, terça-feira, 15, o grupo de manifestantes se reúne às 07h30 na sede do Sindsul e de lá, segue para acompanhar a sessão da Câmara de Vereadores. Antes de se dispersarem o grupo votou a favor da continuidade da greve que chegará ao seu quinto dia. Texto e foto: assessoria Sindsul  

GREVE CONTINUA: reunião entre prefeito e sindicato não rendeu solução

O terceiro dia de movimento grevista por parte dos servidores do magistério que cobram o reajuste e aplicação do Piso Nacional da categoria no valor de 14,95% foi marcado por um encontro entre a administração local e representantes sindicais e também pela convicção dos funcionários públicos em manter a paralisação. Depois de receber um ofício da prefeitura as partes se reuniram nas dependências da Semed, enquanto os grevistas aguardavam na sede do Sindsul – Sindicatos dos Servidores Municipais do Cone Sul. Apesar dos administradores terem dito no documento enviado ao Sindsul que “buscavam soluções” o discurso foi o mesmo. “Não é possível devido ao índice de folha”. Em nota posterior, a administração chegou a dizer que “está empenhada em buscar um acordo que atenda às demandas dos servidores e assegure a continuidade do processo educacional”, porém, não foi esse o posicionamento na sala de reuniões. De volta ao Sindsul, os representantes repassaram aos grevistas o resultado da reunião, oque não agradou nenhum pouco. O lugar de fala foi concedido aos presentes e vários servidores discorreram sobre o posicionamento firme diante da negativa do prefeito. “Já sabemos desse jogo que o prefeito faz. Não somos nós que estamos errados, só estamos pedindo pelo cumprimento de uma lei federal. Não iremos voltar ao trabalho sem que nosso direito seja cumprido”, disse uma manifestante. Antes de irem novamente ao Paço Municipal anunciar a continuidade da greve, os presentes votaram de forma maciça para que a paralisação das atividades continue. Já na frente do gabinete do prefeito os manifestantes entoaram o canto de que “a greve continua”. O grupo se reúne novamente na segunda-feira, 14, às 07h30, na sede do Sindsul. A greve pode ser declarada ilegal? A greve é um direito, porém ela pode ser declarada abusiva se não for respeitado o que fala a Lei nº 7.783/89, que dispõe sobre o exercício do direito de greve. Mas o SINDSUL cuida para que estas normas sejam respeitadas. A declaração de abusividade somente pode ser feita pelo Poder Judiciário e deverá se basear no respeito à norma vigente. Das decisões cabe recurso, podendo chegar-se ao Supremo Tribunal Federal. Texto e foto: assessoria